Ao iniciar a leitura do texto “Notas para a experiência e o saber de experiência” de Jorge Larossa Bondía, proposto pela Prof.a Uxa Xavier como parte do nosso trabalho com a Dança Contemporânea e anteriormente indicado pela Prof.a Ingrid Koudela, não fazia ideia de quão seria significativa cada linha do texto percorrida durante minha leitura. As linhas escritas sobre o tempo me chamaram mais atenção!
Devorei o texto à medida que me via fazendo parte dele, como por exemplo, não ter “tempo o suficiente” para viver uma experiência, por acreditar que em seguida da informação deve-se ter uma opinião, também a falta de memória por conta da velocidade das informações e dos acontecimentos, segundo o texto...”já que cada acontecimento é imediatamente substituído por outro que igualmente nos excita por um momento, mas sem deixar qualquer vestígio”..., deixar de vivenciar momentos significativos, por não poder parar e assim quando realmente paro, acredito cometer um “pecado mortal” por estar "perdendo tempo" parada. Um erro: dar valor ao tempo, ou melhor, somente ao tempo (sempre me lembro “não posso perder tempo”)... quando estou no trânsito, por exemplo, tento ultrapassar o maior números de carros possíveis, tento não parar em nenhum farol vermelho, mas para quê? Ora, para chegar cedo, para não me atrasar, ou simplesmente para não perder o tempo. Pergunto (depois de ler o texto): Para quê? Pois é, precisei parar para pensar nessa resposta, mas não foi fácil pensá-la parada. Estava a fazer algo e pensando, depois voltava em outro momento neste pensamento e confesso que ainda não consegui responde-la de forma segura, pois posso lhe dar mil motivos para correr contra o tempo.

Nesse sentido “às vezes paro” (sem demora) e penso: “Preciso realmente correr contra o tempo sempre? Preciso valorizar o tempo mais do que qualquer outra coisa? Para essa pergunta posso responder seguramente que não. Mas não quero justificá-la, isso levaria mais tempo.
E todas essas questões me levaram a pensar onde quero chegar com tanta pressa. Se eu soubesse!!! Para dizer teria que pensar, isso levaria ainda mais tempo... Ah, deixa pra lá!
Encerro com o diálogo da Alice e do gato (Alice no país das maravilhas de Lewis Carroll):
“Você poderia, por favor, me dizer qual é o caminho para sair daqui?” perguntou Alice.
“Depende muito de onde você quer chegar”, disse o Gato.
“Não me importa muito onde...”, foi dizendo Alice.
“Nesse caso não faz diferença por qual caminho você vá”, disse o Gato.
“... desde que eu chegue a algum lugar”, acrescentou Alice, explicando.
“Oh, esteja certo de que isso ocorrerá”, falou o Gato, “desde que você caminhe o bastante”.

"Divirta-se com o tempo que ainda lhe resta!"
Volpi
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